sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Desabafos da vida - Tarefas de casa, tarefas da vida

Olá, quanto tempo! 


Pra quem já perdeu o seu tempo e leu esse blog, percebeu que ele é mais um local onde eu posso me expressar e conversar comigo mesma ou com qualquer outra pessoa. As vezes é difícil conversar com alguém que a gente conhece. Temos medo de contar tudo o que sentimos. Pelo menos eu me sinto assim. Eu só precisava de alguém pra conversar as vezes. Mas quem? Minha mãe, meu pai, meu irmão? Meu namorido (não chamo de marido pois não somos casados)? Minha filha de 1 ano? Prefiro não falar de mim pros meus pais. Meu irmão é extremamente inteligente, faz Direito e devido a isso ele tem costume de responder as coisas de uma forma muito complexa e sem expor sua opinião. Minha filha não presta atenção no que eu digo e meu namorido... Melhor não.

O problema das pessoas é não entender o que passa dentro da cabeça das outras pessoas. Nem eu entendo o que se passa na minha.. Eu tenho problemas, não demonstro isso para os conhecidos e isso é o que mais me afeta.  Quando falo sobre meus problemas com qualquer pessoa, elas tem costume de ficarem surpresas com a minha situação e acham que é algo passageiro, dizem que eu não tenho que se preocupar e blá blá blá... Nada que me ajude de verdade, ninguém que queira me ouvir e debater. Tenho problemas com a maternidade, com meu peso, com as tarefas de casa, com  meu dia a dia.. Até com minha mente!! Vamos lá..

Maternidade   

Não tinha desejo de ser mãe. Já passou algumas vezes na minha cabeça sobre querer ter um filho, mas na maioria das vezes eu preferia não ser mãe. Certo dia de 2015 descobri que estava grávida do meu namorido. Não tive problemas comuns como enjoos, desejos e etc., foi normal. Não sentia aquele amor que as mulheres falam "mesmo sendo uma sementinha já amo". Não, eu não amava. Eu não conhecia ela, como ia amar? Não conseguia sentir aquele amor de mãe (até hoje não sei o que é isso). Já que eu estava grávida, queria parto normal. Na 41ª primeira semana, minha filha ainda não tinha nascido (pra quem não sabe, os médicos consideram segura uma gestação até 42 semanas). O parto foi cesárea após 3 dias tentando parto normal sem sentir dor alguma, apenas com medicamentos introduzidos no colo do útero e um pouco de soro na veia. Foi um dos piores dias da minha vida , se não for o pior dia da minha vida. Dia 24 de maio de 2016, 20:50 foram a data e o horário do nascimento dela. Os dias seguintes foram os piores. Dores, vômitos, amamentação, choro de bebê, depressão pós parto, ver um corpo feio cheio de estrias, cuidar de um bebê, não dormir... Enfim... É tanta coisa ruim que vou parar por aqui. A maternidade nunca será o mar de rosas que vemos por aí. Quando estava grávida as pessoas falavam que era maravilhoso ser mãe, que era só amor, amor e amor. Mentira!! É dor no corte,  noites e dias mal dormidos, seios cheios de leite e mais dor, cocô, não conseguir comer, descansar, tomar banho e poucas vezes momentos bons. Resumindo, a maternidade pra mim foi 90% ruim e 10% bom.


Meu peso

Sempre fui gordinha (umas vezes mais, outras nem tanto), mas depois do parto e do desemprego.... Vish!! As coisas ficaram ruins. Se antes eu tinha pouco tempo pra me exercitar e me alimentar melhor, agora é que eu não tenho mesmo!! Antes de ter filhos eu tinha um corpo gordinho legal. Eu gostava do jeito que estava. Controlava o que eu comia e me exercitava. Dançava, caminhava, andava de bicicleta. Depois de morar junto e logo engravidar, nunca mais fiz isso.. Só tentativas frustradas de voltar com a minha vida de antes.   

Tarefas de casa, dia a dia e minha mente...

Ahh... Essas são as piores. Tarefas de casa, dia a dia e minha mente depois de maternidade e morar junto estão péssimos. As tarefas de casa eu faria tranquilamente, sem reclamar se meu companheiro estivesse trabalhando. Mas ele não está, e por isso acho que ele tem que dividir as tarefas comigo, até porque ele também come, suja vasilhas, usa o banheiro, dorme, anda pela casa e também é o pai. Não suporto ter que fazer as tarefas enquanto ele não faz nada com a saúde 100%. É doloroso quando outra pessoa se diverte e eu não. Meu dia a dia é triste. Sempre se repete.  E se tiver algo diferente não é nada divertido ou pelo menos bom. É só cuidar da filha e da casa, da filha e da casa e mais uma tentativa frustrada de voltar a ser o que era antes, ou pelo menos comer melhor e me exercitar. Eu fico pensando sobre a vida, o sentido dela e a vida na terra. O fim disso tudo.. Enfim.. Minha mente tá uma bagunça.. É difícil até dizer o que tem nela. É por isso que decidi escrever um pouco o que se passa dentro dela e quem sabe, tirar um pouco desse peso na minha consciência. 

 



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